Atualizado em 12/11/2012.
Inicio da onda de ataques junho, porém se agravou nos últimos meses;
Sem contar os fatos que não são registrados ou não entram nas estatísticas da secretária de segurança pública de SP, ou ainda ocorrem no interior e não são divulgados.
O sistema de monitoramento de crises do governo federal aumentou o alerta para São Paulo por causa das ações recentes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Um relatório especial feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin),que abastece o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ligado à Presidência da República, mostra que a situação, ruim há alguns meses, tende a se agravar em razão da resposta do grupo às ações das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar;
Segue trechos da reportagem que foi ao ar dia 11/11 no Fantástico:
Segundo documentos obtidos com exclusividade pelo Fantástico, a Secretaria de Segurança de São Paulo foi avisada – há três meses – de que uma onda de violência estava para acontecer. São relatórios das Policias Civil e Federal, e também do Ministério Público Estadual.
Um deles, do centro de inteligência da Polícia Civil, registra uma conversa telefônica entre bandidos do interior paulista. A quadrilha dá ordens para a morte de PMs.
O documento, “reservado”, é de 16 de agosto. No mesmo dia, a mesma mensagem é interceptada pelo ministério público estadual – agora transmitida por outros bandidos do grupo.
“O Ministério Público obteve numa interceptação telefônica judicialmente decretada essa informação e adotou todas as providências, comunicando inclusive para as polícias”, afirma Márcio Elias Rosa, procurador-geral de justiça de São Paulo.
Seis dias depois, em 22 de agosto, o alerta foi da Polícia Federal. O aviso:“urgentíssimo”. Uma delegada relata as ameaças feita pela quadrilha. Em nota, a PF diz ter repassado a mensagem para os órgãos interessados.
A partir de 16 de agosto , quando a ordem dos bandidos foi interceptada, 36 policiais foram mortos. O numero de homicídios na cidade de São Paulo também disparou: chegou a 135 em setembro, quase o dobro do mesmo mês no ano passado.
A equipe do Fantástico procurou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O delegado-geral do estado, Marcos Carneiro Lima, afirmou que não foi alertado nem pelo Ministério Público nem pela Polícia Federal sobre os ataques:“Oficialmente nós não temos essa informação”.
OBS: O levantamento foi feito com base em notícias publicadas na imprensa. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não está contabilizando os números da onda de violência.